sábado, 21 de novembro de 2009

Sobre crescer e dizer adeus

Já faz tempo que reparo no quanto mudamos.
Lembra dos amigos que seguravam a corda pra gente pular?
Quando foi eles sumiram?
Quantos sonhos ficaram guardados na caixa de brinquedos no fundo do armário?
Já nem lembro quem foi que disse a primeira vez que aqueles seriam os melhor dias de nossas vidas.
Onde estão agora os ombros que nos apoiaram em todos aqueles momentos em que tudo parecia ser tão difícil?
Ainda estamos aqui, a maioria de nós ainda está aqui.
Hoje carregamos no rosto marcas do que ontem foi aprendizado e que agora chamam de maturidade.
Trocamos tênis por sapatos, revistas de comportamento por jornais, sorrisos por maquiagem.
Não dá pra saber o que houve desde a última vez que pulamos o muro do colégio pra matar aula, mas a imperdoável cronologia da vida fez com que tudo mudasse.
Não dava para imaginar que um dia não voltaríamos juntos para casa ou que não mais brincaríamos de pega-pega com os olhos vendados.
Mas sem que pudéssemos notar até mesmo os telefonemas enormes cessaram.
Nada é como era a anos atrás.
Quando foi que o tempo passou que eu nem vi?
Surpresa estranha essa que o futuro guardava.
Mas eu acho que é desse jeito que tem que ser não é?
A melhor despedida deve ser mesmo aquela que não sabemos qual o momento exato do adeus.

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